Câmara de Vereadores de São Leopoldo
Câmara de Vereadores de São Leopoldo
Estado do Rio Grande do Sul

EXPEDIENTE N.° 2118 Requerimento N.º 060/2022

Proponente: Ver. Gabriel Dias

Ao

Sr. Rogel da Silva Correa

Presidente da Câmara Municipal

Senhor Presidente,

Encaminho a minha proposição nos termos da Lei Municipal Nº 7920 /2013, que institui do Prêmio “Líder Comunitário Leopoldense”, conferido à liderança que se destacam nesta área em nossa cidade.

O Prêmio, é conferido anualmente, pela Câmara Municipal e solenidade de entrega ocorrerá em 04 de Maio de 2022 (quarta-feira), a se realizar no Plenário da Câmara Municipal, das 18 horas às 21 horas. Portanto, indico para este ano, os seguintes Líderes Comunitários Leopoldenses:                          

Currículo Líder Comunitário Leopoldense

Nome: Ossires thiago Ilg Rogrigues (Thiago Rodrigues)

Data  Nascimento) 17/05/1982

Natural de Santiago.

Veio para São Leopoldo em 2001

Casado com Mireia Mattos da Silva 

Pai de 6 filhos, Erica, joão, Júnior, Pedro, Celly, Kawana.

Iniciou a vida comunitária em 2012 na defesa da comunidade na falta de água que afetou a cidade inteira , em 2013  concorreu a vice presidente da associação da COHAB DUQUE, em 2015 assumiu a presidência naquele ano e em 2017 se reelegeu presidente, cargo que ocupa até o dia de hoje, nestes 9 anos de trabalho  foram diversas ações sociais, sopões , feijoadas, galinhadas solidarias, mais de 50  ações ao longo destes anos, sem contar mutiroes de limpeza, criação do mutirão tudo limpo, onde 35 famílias recebem uma cesta básica, cortes de cabelo gratuitos, distribuição de roupas, quase 100 andadores, muletas, cadeiras de roda e banho distribuídos a quem precisa e não tem condições, criação da biblioteca Lúcia Ruchel, sala de inclusão digital, sem contar nas tantas melhorias feitas na sede da associação do bairro COHAB DUQUE.

Currículo Líder Comunitário Leopoldense

Nascida no Hospital Centenário em São Leopoldo, estudou nas escolas públicas da cidade todo o ensino fundamental e médio. Como na década de 80 ainda não se tinha a tecnologia de se saber o sexo do bebê antes do parto, seu pai esperava por um menino. Talvez dai venha a vontade de mostrar que ela pode executar tão bem feito qualquer função como qualquer homem. Apaixonada por futebol desde sempre, com 16 anos foi a atleta mais jovem a disputar uma competição oficial no estado, jogando por dois anos na equipe do Chimarão, teve passagens por equipes profissionais como o Internacional de Porto Alegre, Cruzeiro e Santa Cruz, mas em uma época em que o futebol feminino não era valorizado e se pagava para jogar, teve que deixar apenas como  um robe o esporte. Mãe de 3 filhos gerados no ventre, e  mais 32 no coração ( que a chamam de mãe )sempre  buscou abrir portas para as mulheres nas carreiras profissionais. Vigilante de formação foi a primeira mulher a integrar escolta armada. Ultrassonografista, também desempenhou funções na área da saúde, cuidar do outro sempre lhe atraiu. Estudante de Ciência Políticas, será a primeira baixarel mulher na região.  Mas não esconde de ninguém uma vida de lutas, já enfrentou depressão, preconceito sobre o esporte que praticava, as funções que exercia e violência. Mas  buscou naquilo que lhe mantia em pé, a ferramenta para ajudar mulheres que também sofriam.

Por 16 anos bateu nas portas públicas pedindo ajuda a formar uma LIGA Feminina, mas só em 2016 esse sonho começou a ter vida.  Presidida na data pela amiga Sheila e mais 32 leopoldense a Liga se torna realidade, e ela assume a tesouraria onde não se havia recurso algum e muito pouco apoio. Então em 2017 ela recebe a presidência com um pedido da antiga presidente que lhe  disse...[ "só tu consegue brigar por nós, não permita que a Liga Feminina seja dirigida por homens e nem que ela se acabe,  eu confio só em ti para tocá-la. ].

E ali começou sua luta por espaço, por respeito, por apoio e por reconhecimento a os direitos das mulheres Leopoldenses. Criando o projeto lãs que abraçam com oficinas para as que precisam de uma renda. Com a escolinha Feminina, com a Seleção da cidade , formada por atletas destaques nas equipes locais durante as competições. Mas foi em 2019 que a Liga teve sua  grandiosidade reconhecida. Os jogos tinham casa cheia, levando mais de 3000 pessoas ao Centro de Eventos nas noites de competição. A maior premiação dada em uma competição amadora Feminina e o reconhecimento até fora do país. A Seleção da LLFA foi convidada a representar a cidade, estado e país em uma competição no Uruguai em menção aos integrantes do Mercosul, mas não pode ir por falta de patrocínio.

Então veio a pandemia e a principio a neta era cuidar das mulheres da Liga e suas famílias ( acolhimento através do esporte é o lema da Liga ), mas as ações foram além. A frente da direção da entidade ela conseguia fazer um trabalho social, conquistando a confiança das atletas conhecia de perto suas lutas. Muitas histórias se revelaram,  casos de violência física e emocional era acolhidas. Mas na pandemia tudo se agravou e então o social deixou a competição em segundo plano e foi cuidar não só da atleta, mas da mãe,  da filha, da mulher. Hoje são 204 famílias assistidas com  sextas básicas, mas de 410 crianças acompanhadas e a campanha que tomou a cidade  " Respeitar os Ciclos é uma forma de amor " que discutiu e amenizou a carência de cuidados com a higiene da mulher e seu ciclo menstrual, já entregou mais de 1500 kits de higiene intimo feminino.

Jaqueline Maria D'Avila Souza,  mais conhecida como Jaque D'Avila, é apenas alguém que luta contra tudo o que já lhe causou dor, com o objetivo de ajudar nem que seja apenas uma a mais todos os dias a não sentir a mesma dor, e se sentir ter forças para levantar. É  só uma mãe, uma mulher que se levanta ajudando as outras a se levantar.

São Leopoldo, 03 de Março de 2022.

Atenciosamente,

Gabriel Dias
Vereador Líder da Bancada do Cidadania

Documento publicado digitalmente por VER. GABRIEL DIAS em 03/03/2022 às 17:46:28.
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